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terça-feira, 7 de julho de 2009

José Lopes (1930-2000)


Hesitei em escrever este post, por não saber se será oportuno, depois de tão belos momentos de escrita e imagem, que têm passado por aqui. Porém, devido a um repto de um leitor, na sequência de um post anterior (ver "Em Moncorvo"), aqui deixo umas linhas sobre autor do poema.

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José Lopes nasceu em 1930, em Cerejais. Durante a sua infância residiu nos Cerejais, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo (num breve intervalo) e principalmente no Porto. Com cerca de 10 anos, a sua mãe falece de doença prolongada. É a partir desta data que se inicia na poesia. Para agravar, o seu estado de saúde foi, até à idade adulta, bastante frágil. Conclui o Liceu no Porto, e acaba por ingressar na Faculdade de Letras em Coimbra, no curso de Histórico-Filosóficas. O seu interesse fundamental é a Filosofia, terminando a licenciatura em meados dos anos 50, depois de uma vida académica muito animada e onde adquiriu e cultivou várias amizades. Ingressa no Ensino Liceal, leccionando História e Filosofia, passando por vários liceus do Norte do País.

Durante esta fase da sua vida, a sua relação com Moncorvo é bastante intensa, particularmente nas férias, onde conta com um grupo bastante extenso de amigos. A sua boa disposição, dinamismo e iniciativa, leva-o a organizar ou participar em várias actividades, nomeadamente no Carnaval, ou nos espectáculos do Cine-Teatro. Aqui, conhece a sua grande paixão, Alice, natural e residente em Moncorvo, que morre ainda jovem. Este acontecimento que marca-o indelevelmente, levando-o a tomar luto vitalício e a queimar a maior dos seus poemas e escritos.

No início da década de 60 decide ir viver para Lisboa, aí terminando a sua carreira profissional em 1997. Nesse mesmo ano, decide regressar a Trás-os-Montes, vindo residir para Moncorvo. Faleceu no dia 13 de Janeiro de 2000.

A sua personalidade, em traços breves pode-se caracterizar por ser, em primeiro lugar, uma pessoa extremamente autónoma e independente. Por outro lado, foi sempre um pensador e humanista. Na intimidade era bastante reservado, sério e leal; já em termos sociais, era extremamente extrovertido, simpático e dinâmico. Escrevia continuamente, ocultando sempre os seus textos. Escreveu vários romances, poemas e contos, que nunca quis divulgar, por os considerar de qualidade inferior. Era também um cinéfilo extraordinário, e profundo amante das tecnologias.

Em suma, José Lopes é só mais um moncorvense, como tantos outros, conhecido no seu tempo, e que poderá passar olvidado para a eternidade.

(Fotografia: Arquivo Particular)

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