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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Jornada micológica - breve foto-reportagem

Conforme anunciado, realizou-se no passado dia 7 uma jornada micológica pela serra do Roboredo, em redor do caminho velho que vai da capela de Senhora de Fátima (antiga capela de S. João) em direcção ao Calhoal. A actividade, organizada pelo PARM em conjugação com o Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, teve como monitor o Engº. Afonso Calheiros.
Apesar de se terem encontrado poucos cogumelos, devido sobretudo à escassez de precipitação, foram observadas algumas espécies representativas, com recolha selectiva, para posterior classificação em gabinete. Este foi o momento final da jornada, após uma apresentação efectuada pelo engº. Afonso, no auditório do Museu.
O tempo bastante fresco e ameaçando chuva, não favoreceu um número maior de participantes, mas os que compareceram revelaram-se "alunos" atentos e não se arrependeram de ter vindo.
Aqui ficam algumas fotos deste evento:

O engº. Afonso dando uma explicação prévia aos participantes.

Momento da procura - o Capuchinho Vermelho não veio, mas mandou alguém...


Ainda se conseguiram avistar algumas "sanchas" (nome científico: "Lactarius deliciosus"). E estes são mesmo deliciosos, podendo ser preparados de diferentes maneiras.

À falta de cogumelos, provaram-se medronhos - aqui um grande medronheiro testemunha a flora autóctone e ancestral.
O passeio micológico também foi pretexto para se conhecer a flora local - aqui um belo pilriteiro.
Entre blocos de hematite (minério de ferro de Moncorvo), dois "roques" (Macrolepiota procera), comestíveis. Serão o "roque e amiga"?

Outro dos objectivos do passeio era o convívio com a Natureza e a sensibilização ambiental para a importância da floresta.Observação e classificação dos cogumelos recolhidos, no auditório do Museu.
Um Boletus edulis, cogumelo comestível que em algumas zonas é conhecido por míscaro.

Cogumelos alucinogénicos: os perigosos Amanita muscaria (os dois à direita), conhecidos por "regalgar" ou "resgalgar".
Um belo ramo de cogumelos, de nome impronunciável: Kuehneromyces mutabilis, que já foi Pholiota mutabilis.
Estes são conhecidos por "pufes" ou "peido de lobo", na linguagem popular. Uma vez secos largam um pó esverdeado, se forem tocados.

Os perigosos Agaricus - classificação genérica.

Para ver algo mais sobre esta actividade: http://parm-moncorvo.blogspot.com/2009/11/ii-passeio-micologico-e-workshop-em.html

(fotos de N.Campos/PARM/MFRM)

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Amarelas

Quem passa pela estrada municipal que faz a ligação entre a Foz do Sabor e a Horta da Vilariça, depara com este enorme campo de flores amarelas, entre a estrada e o rio. Parece que foram ali semeadas de propósito.Mais um encanto primaveril, desta vez em tons amarelos.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Papoilas

As papoilas representam bem a estação do ano em que nos encontramos, a Primavera.
Chegam-se mesmo a encontrar campos enormes cobertos de um manto vermelho, que as papoilas nos proporcionam.
A papoila, ou papoula, é uma flor da família das Papaveraceae, abundante no Hemisfério Norte, cultivada para ornamento, ópio ou comida.

Nós por cá, maravilhamo-nos com as lindas papoilas que embelezam de vermelho os nossos campos, ou mesmo a borda das estradas, como estas das fotografias, bem perto da Foz do Sabor.

sábado, 14 de março de 2009

Na natureza à nossa volta

A atenção do blogue tem-se centrado nos livros, mas, com a subida da temperatura a vida desperta em cada fresta de rocha e em cada prado à nossa volta. Esta espécie vegetal foi fotografada junto ao rio Douro, no final do mês passado. Como não tive ainda tempo para tentar a sua identificação, fica o desafio aos amantes da natureza e curiosos pela sistemática.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Moncorvo em Flor



Ainda com o branco de algumas Amendoeiras em Flor, Torre de Moncorvo já tem o amarelo das mimosas a maravilhar-nos.
A acácia-mimosa é originária da Austrália, considerada invasora em Portugal (DL 565/99). Em condições favoráveis pode atingir os 20 m de altura. As suas flores em forma de cacho, com pequenos globos amarelos, com um aroma agradável, parece, aliás, estar na origem da sua introdução. É uma árvore que tolera bem a secura e que por vezes aparece a ladear as estradas ou a ornamentar jardins. Renasce facilmente após um fogo florestal (a germinação das sementes é estimulada pelo fogo e rebenta facilmente a partir das raízes) e quando as condições não são muito favoráveis não ultrapassa o porte arbustivo serrado que elimina qualquer competidora. Além disso, parece que é alelopática (isto é, produz compostos químicos que inibem o crescimento de outras espécies).
Mas apesar de tudo, nesta altura do ano um pouco por todo o país, não excluindo o Nordeste Transmontano, é agradavel ver a paisagem pintada de amarelo das mimosas o que a torna magnífica.
Para além das Amendoeiras em Flor, Moncorvo tem muito mais para maravilhar quem visita esta linda vila do Nordeste Transmontano, com a sua paisagem natural.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Adoração à chuva

No dia em que começaram a cair algumas gotas de chuva, lembrei-me desta fotografia, que tirei na Mata do Reboredo, depois da uma grande chuvada.
Penso que se trata de frutos da cebola-albarrã (Urginea maritima).

domingo, 26 de outubro de 2008

Cheirinho de amêndoa

Uma beleza cada vez mais rara ( Moncorvo).

Aqui nascem os ovos de amêndoa! ( Moncorvo)

Quando a amendoeira floresce em cotovia. ( Moncorvo)

e o Douro amendoado ( Moncorvo).

sábado, 26 de julho de 2008

À distância de um olhar

É realmente fantástica a beleza que nos espera na beira da estrada, quando circulamos de carro! Olhando o que está mais próximo, ou desviando o olhar para o horizonte, explorando o pormenor ou o infinito. Foi o que eu fiz enquanto descia de Estevais até à Quinta da Portela. Com algumas fotografias fiz este arranjo. Pode ser que alguém goste dele para "papel de parede" do seu computador.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Olhos postos no futuro

Cardo - de - Santa Maria
Açoreira.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Maravilhas da Natureza


Fiquei"ciumento" com o fel-da-terra (Centaurium umbellatum Gilib) do vasdoal, de modos que decidi tirar do baú das memórias (não tão distantes) esta preciosidade, que captei quando subi à Vila Velha de Santa Cruz da Vilariça.
De joelhos, estamos mais próximos da Natureza. E estou a falar no sentido literal. Esta é uma pequena planta, de que não conheço a classificação botânica, mas é uma Liliaceae, parente muito próxima do alho e da cebola. Em segundo plano, como cenário, hipericão (Hypericum perforatum), chá muito apreciado, que ainda ninguém se lembrou de postar.

terça-feira, 1 de julho de 2008

O FEL da Terra



Imagens que me tiram as palavras.

sábado, 28 de junho de 2008

Na Serra do Reboredo


Azedas e cravinas-bravas (Dianthus lusitanus), na Serra do Reboredo (24-05-2008).

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Moncorvo em flor


quinta-feira, 26 de junho de 2008

Amêndoa

Torre de Moncorvo é a uma das regiões do nordeste transmontano, onde se pode encontrar alguns hectares de amendoeiras, trazendo na altura da amendoeira em flor uma grande afluência de visitantes a esta região, que ficam maravilhados com os mantos brancos que as amendoeiras nos proporcionam. Também são famosas as amêndoas doces, de Torre de Moncorvo.

sábado, 21 de junho de 2008

Dedaleira - Digitalis purpurea

Dedaleira - Digitalis purpurea, na Serra do Reboredo (24-05-2008)

sábado, 14 de junho de 2008

Entre a ponte do Sabor e as ruinas da Vila Velha


O desafio de partir À Descoberta do concelho de Torre de Moncorvo, não tem nada de difícil, só é necessário partir. Desta vez escolhi dois motivos bastante próximos: a Ponte do Sabor e as ruínas da Vila Velha de Santa Cruz.
A tarde não estava muito convidativa. Quem vive ou já viveu em Moncorvo, sabe o que significa fazer calor, nestas paragens! Talvez por isso, o Rio Sabor já era frequentado por um número considerável de pessoas, a pescar, a brincar na água, ou mesmo a apanhar sol, que apesar de encoberto, cada vez que se mostrava, “queimava” a pele.

Parei o carro mesmo junto à ponte do Sabor, na EN325. Esta foi intervencionada recentemente, ao nível dos pilares, do tabuleiro, da pavimentação e dos passadiços marginais, estando agora com um aspecto impecável. A ponte mostrava já o peso da idade, apresentando mesmo algum risco ao trânsito. O seu futuro é incerto. Não “encaixa” no traçado do IP2, e, com a tão badalada Barragem do Sabor, corre o risco de ficar submersa. Na estrada, entre a ponte e a Quinta da Portela está marcada nas rochas, a cal, a cota 139 metros. Terá essa marcação algum significado? A ter, a água chegaria muito perto das casas da Quinta da Portela!

Desci ao rio a jusante da ponte. Um casal de aves de rapina fazia um gracioso bailado e enormes peixes debatiam-se nas águas pouco profundas sobre um banco de areia ali próximo. Penso que a época da desova já passou!
Disparei algumas fotografias em direcção à ponte. A sapata dos pilares foi reforçada e todas a juntas estão tapadas. Os sete arcos de volta redonda são desiguais. Há olhais rectangulares sobre cada um dos fechos dos arcos. Os passeios apoiam-se numa cachorrada, como a que existe em algumas igrejas! As guardas são de ferro, novas. As antigas foram substituídas na última interverção. A ponte foi construída na idade média, mas foi alterada no Séc. XIX. O seu aspecto a montante e a jusante, é bastante semelhante, à excepção dos contrafortes do arco central que apresentam reforços, a montante.

Na erva verde da margem do rio encontrei as primeiras flores de fel-da-terra (Centaurium umbellatum), com o seu rosa característico, que encontraria em quantidade no alto do cabeço.
A subida até às muralhas da antiga vila de Santa Cruz da Vilariça, Vila Velha de Santa Cruz da Vilariça ou Derruida, foi penosa. Caí na asneira de ir de calções. Além dos danos causados nas pernas, cheguei ao fim do passeio com quase meio quilo de sementes espetadas nas sapatilhas e nas meias, de cada pé! Apesar de a pujança de Maio e Abril já ter passado, ainda há muitas plantas em flor e rapidamente me esqueci das dificuldades, para começar a desfrutar do passeio. Encontrei muitas borboletas, abelhas, aranhas e toda a qualidade de bicharada. Também o cuco fazia ouvir o seu canto lá para os lados das Cabanas. O perdigão procurava parceira num monte próximo. À medida que ia subindo, ia-se alargando o horizonte e compreendi porque razão o homem aqui se fixou, desde o Séc. XII.

Não foi a primeira vez que visitei estas ruínas, já aqui tinha estado em 1992. Sempre gostei de passear nestas montanhas! Tinha prazer em fotografar os lírios em flor, que aqui abundam. Curiosamente encontrei frutos com sementes de lírio (Iris germanica), estava convencido que apenas se reproduziam por caules (rizomas)!
As ruínas da vila, que além das designações que já disse contou ainda com a de Vila Rica, Mesquita, Roncal e São Mamede, estão situadas num cabeço com 245 metros de altitude, entre a Ribeira da Vilariça e o Rio Sabor. Estranhamente poderá ter sido esta proximidade a tanta humidade que ditou a sua morte, contrariamente à lenda do ataque de formigas, que já tantas vezes ouvi contar.
No início do séc XIII Vila de Santa Cruz da Vilariça, recebeu, de D. Sancho II, uma carta foral que lhe concedia importantes isenções a regalias fiscais e penais. A mudança da população para Torre de Moncorvo deve ter-se dado no final desse século, sendo possível que os dois povoados tenham coexistido.

A localidade tinha muita importância, era sede de concelho na Idade Média, abrangendo parte dos actuais concelhos de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Torre de Moncorvo.
Percorri toda a plataforma antes de me dirigir ao ponto mais alto, ao centro. A muralha ainda está bastante preservada, tem vários metros de altura nalguns locais, sendo ainda intransponível. Há pontos em que se distingue mais de uma muralha. A poente são bem visíveis os restos de dois torreões, circulares, que deviam ladear a única entrada. Em vários pontos distinguem-se restos de paredes de casas e de caminhos.

Por fim, dirigi-me ao ponto mais elevado das ruínas. Aqui existem sepulturas escavadas nas rochas, junto do local onde se pensa ter sido a igreja. Ainda se distinguem algumas paredes e encontrei blocos de granito rusticamente aparelhados. Todas as muralhas e paredes interiores são construídas em xisto, por isso chama a atenção a existência de granito neste ponto. Também há argamassa presa a algumas pedras, não sei se se trata de cimento. É um sinal mais do que evidente da existência de uma construção até uma data bem recente. Não me admirava que depois da vila ter sido abandonada, aqui se tenha mantido a igreja, ou uma capela, durante vários séculos.

Já por diversas vezes aqui foram feitas escavações. É uma pena não haver um estudo mais aprofundado deste local. Imaginei-me a participar nas escavações, deve ser muito interessante esse tipo de trabalho. O local está em completo abandono. Cresce mato por todo o lado e, mesmo para aqueles que se interessem em o visitar, não é uma tarefa fácil. Pior do que subir ao local, que pode ser feito por um caminho partindo da Quinta da Portela, é a circulação em volta e no interior das muralhas. Nalguns lugares é mesmo impossível circular.
Do alto do cabeço tem-se uma vista ímpar sobre o vale. Procurei um lanço de muralha mais segura e instalei-me para saborear o final de tarde. Não pude deixar de sorrir com a velocidade com que os veículos circulam ao longo do vale! O som do acelerador a fundo perturba a calma do morro. Que feliz me sinto por poder desfrutar destes momentos de paz!
O sol foi-se encolhendo. A luz subiu pelo Reboredo acima com a mesma calma com que as águas do Sabor se diluíam no Douro, lá ao fundo, na Foz. Os insectos pareciam agitados, tentando aproveitar os últimos raios de sol. Também eu queria aproveitar todos os momentos. Liguei o flash e “persegui-os”, até nos momentos mais íntimos.

Quando só já havia silêncio em redor, desci a encosta, de novo em direcção à Ponte do Sabor.
Não me arrependi das escolhas que fiz para este passeio. Dividi-me entre a ponte e a vila, entre a água e a montanha, entre a história e a suposição, entre a beleza das pequenas formas de vida e a imensidão de um vale que nos surpreende e encanta, sempre que paramos para o olhar.

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