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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Pastagem Natural em Terras de Moncorvo - Raça Mirandesa

Ao passar pela Qtª Branca, no Larinho, na estrada que liga Moncorvo a Carviçais, chamaram-me à atenção estes lindos animais de raça mirandesa.

Apesar de ser raça oriunda da região trasmontana, os bovinos mirandeses estão já espalhadas por várias explorações de norte a sul do país.
A carne de bovino mirandês é a base da "posta à mirandesa", iguaria da cozinha nordestina. Apesar da qualidade, por vezes, é difícil abastecer o mercado, em expansão fora das fronteiras do Solar da raça.
Carne muito saborosa e suculenta. A carne destes animais é bastante utilizada na cozinha tradicional desta região, sendo de destacar a muito afamada posta mirandesa, que é uma forma de grelhar carne cujo único tempero é o sal, apenas para realçar o excelente sabor . Frequente é também o consumo sob a forma de vitela assada no forno, bifes à Alto Douro e vitela entronchada à transmontana. As restantes peças, menos nobres, são consumidas noutros pratos tradicionais da cozinha regional e nacional, designadamente no cozido nortenho, no cozido à portuguesa e em estufados vários.

Por terras de Moncorvo também se come uma bela posta à mirandesa, pois vale a pena passar em Carviçais no Restaurante "O Artur", onde a especialidade é a Posta à Mirandesa.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sugestões outoniças em tempo de "sanchas"

Realizou-se no passado fim de semana, em Torre de Moncorvo, uma jornada micológica, com recolha de cogumelos na zona da serra do Roborêdo e sua posterior observação, identificação e comparação no auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, como se pode ver no seguinte link: http://parm-moncorvo.blogspot.com/2008/11/1-passeio-micolgico-organizado-pelo.html

Uma das principais conclusões retiradas deste encontro foi sobre os cuidados a ter na identificação das espécies comestíveis, pois algumas delas podem ser susceptíveis de se confundir com variedades tóxicas e até mortais.

Por outro lado pôs-se a tónica na necessidade de se preservarem as espécies autóctones (não só as comestíveis como as outras), pelo que deve haver uma consciencialização das populações nesse sentido, mantendo os padrões de auto-consumo tradicionais, mas sem uma mercantilização desenfreada, o pode levar ao extermínio de certas variedades. Há ainda alguns cuidados a ter, no sentido da continuidade da reprodução dos cogumelos.

Por exemplo, se "fôr às sanchas" (foto acima), não arranque o cogumelo, mas leve uma faca apropriada para cortar o caule, de forma a que a sua raíz continue na terra; raspe um pouco o caule ou sacuda o cogumelo, para que os esporos caiam à terra e garantam a reprodução futura; é preferível levar uma cesta, pois há sempre a possibilidade de alguns esporos caírem à terra através das fasquias do vime. E, acima de tudo, se tiver dúvidas na identificação de algum espécime, é melhor não o apanhar! Se, por acaso, algum espécime venenoso fôr parar à cesta, é melhor não arriscar e deitar a recolha toda fora, no próprio pinhal, ou onde se tenha realizado a recolha.

Um cogumelo altamente tóxico (e com propriedades alucinogénicas) que pode ser mortal é o célebre "regalgar" (ou "resgalgar"), também conhecido noutras regiões como "incha-bois" ou "rebenta-bois". O seu nome científico é "amanita muscaria", sendo particularmente atraente, pelo chapéu vermelho pintalgado de branco.

Mas se você é mesmo adepto de cogumelos (tem ainda uma outra opção, mais segura porque não comestível) do outro lado do nosso concelho: deixe a serra do Roborêdo, saia da vila, e tome a estrada para Bragança pela ponte do Sabor. Passada a ponte, desvie ao lado da Qtª. da Portela para os Estevais da Vilariça. Passada esta povoação, procure descobrir nesta zona planáltica um belo cogumelo em pedra, esculpido pela natureza, mais precisamente pela erosão eólica. É um curioso monumento natural que deveria ser classificado como tal. Ei-lo:

Fotografia de Paulo Silva

E já que está por estas bandas, aproveite para descobrir ainda esta velha fonte arcada, talvez do século XVII, que em determinado momento foi entaipada:


Fotografia de Paulo Silva

Depois é consigo: tanto pode seguir até à Cardanha ver o relógio de sol que já foi mostrado aqui neste blog (ver etiqueta: "Cardanha"), ou ir até à Adeganha (ver etiqueta "Adeganha"), ou ainda continuar em maré de descoberta e ir até à Póvoa, ou um pouco mais adiante, a pé, espreitar o local da barragem em início de construção. Em breve tudo isto ficará alterado, pelo que é uma última oportunidade para registar o momento presente.

No regresso, se passar pelos Estevais, recomenda-se uma peregrinação à tasca do Vilela, para provar um verdadeiro tinto da região e petiscar qualquer coisa.

É a nossa proposta para o próximo fim de semana.

Texto e fotos de N. Campos (excepto as que vão com identificação do autor, Sr. Paulo Silva, a quem muito agradecemos as fotos enviadas).

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Receita Tradicional - Batatas à Espanhola ou à Bispo


Colocar a panela ao lume (preferência ao lume a lenha)com água, desfiar o bacalhau e lava-se, colocar às camadas as batatas e o bacalhau, após tudo cozido escorrer bem a água, numa frigideira deitar cebola, azeite bastante, pimento e alho, misturar tudo num pote, tapar um bocadinho. Esperar 5 minutos, está pronto a comer, no caso de não pretender colocar o bacalhau e as batatas às camadas, também se podem misturar.

CULINÁRIA TRADICIONAL TRASMONTANA - 3ª RECEITA

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Receita Tradicional - Tripas


Preparam-se as tripas e os pés do cordeiro, cozem-se com louro, salsa e sal, cortam-se aos bocadinhos, colocar num recipiente com azeite, louro, salsa e vinagre, unto ou pingo. Tudo isto é refogado. Após o refogado deita-se um bocadinho de água e pimento, migam-se e deitam-se as sopas, com dois ou três ovos batidos, servir tudo numa travessa. ( Prato usado durante a época das matanças).

CULINÁRIA TRADICIONAL TRASMONTANA - 2ª RECEITA

sábado, 9 de agosto de 2008

Receita Tradicional - Ovos Doces


DEITA-SE ÁGUA E ACÚCAR NUMA SERTÃ.DEIXA-SE DISSOLVER O ACÚCAR.PARTEM-SE OS OVOS PARA DENTRO, E DEIXA-SE COZER.COMEM-SE COM PÃO. É COMIDA FORTE, USADA DURANTE O INVERNO.CONFECCIONA-SE E COME-SE NO MOMENTO.

CULINÁRIA TRADICIONAL TRASMONTANA - 1.ª RECEITA

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Peixe do rio em calda


Aqui, neste caçoilo, fica a receita da srª Júlia, sempre que quiserem aventurar-se neste testemunho gastronómico que envolve um património humano, faunístico e botânico.
O peixe
Amanha-se o peixe (o que vier à rede), lava-se e corta-se aos bocados (o grande). Tempera-se com sal, alho e erva-peixeira. Depois frita-se em azeite quente. Estando frito, retira-se para um caçoilo de barro.
A calda
Ao azeite da fritura junta-se o alho, um ramo de salsa, louro, colorau doce, "guinda" ou malagueta, um pouco de vinagre, sal e um pouco de água. Deixa-se arrefecer esta calda, deita-se por cima dos peixe e, se não resistir, coma o petisco no próprio dia. Caso resista, pode deixar que que o molho vá macerando o peixe, fazendo com até as espinhas sejam apetitosas.
Atenção: não troco este pelo da Foz

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Amêndoa

Torre de Moncorvo é a uma das regiões do nordeste transmontano, onde se pode encontrar alguns hectares de amendoeiras, trazendo na altura da amendoeira em flor uma grande afluência de visitantes a esta região, que ficam maravilhados com os mantos brancos que as amendoeiras nos proporcionam. Também são famosas as amêndoas doces, de Torre de Moncorvo.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

lareira tradicional - santuário dos apetites

santíssima trindade.

O deus das saborosas cousas.

pão, ovo, canela, açúcar... pecados!

Ai a coalhada, um branco sabor celestial!

Trufas de Moncorvo - aperitivo para os deuses descerem à terra!

Fica-se cá c'uma telheira ( alheira vizinha da telha), com estas auréolas divinais !

Todas as fotografias foram obtidas em terras de Moncorvo, com diferentes câmaras fotográficas. Uma delas não resistiu, como é natural, e deu-lhe o pifo!

sábado, 24 de maio de 2008

Aqui vem a janta

Primeiro, uma sopinha de legumes, feita à lareira (fogueira com toros de amendoeira e cascas de amêndoa tradicional), em pote de ferro.


Depois, umas moelinhas, também feitinhas à lareira, embaladas no pote de ferro.




Finalmente, este "brasume" lembrando que " Em Maio, comem-se as moelas ao borralho".

Bom apetite!

Sequeiros, Torre de Moncorvo

Não sei quando

domingo, 11 de maio de 2008

aromas e sabores


Uma saladinha de azedas e de "merujas" a preparar o " lastro" para a perdiz no tacho

Algures em Moncorvo ( UH!!! Desculpem, mas não divulgo o local ...)


Prontinhas a comer, depois de apanhadas, cortadas em finas rodelas e salteadas em azeite, alho e miolo de pão, apresento as "batatinhas", espécie de trufas brancas, encontradas e comidas em 27/ 2/2006, no lugar de Sequeiros, Torre de Moncorvo. Nem todos os anos produzem este petisco.Em Bragança, chamam-lhe "abezós".

Espargo ( aspargus acutifolius)
Açoreira
Nêveda (calamintha baetica)
Açoreira. Torre de Moncorvo
Vaquinhas do castanheiro ( Fistulina hepatica)
Serra do Roboredo.






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