torredemoncorvoinblog@gmail.com

Mostrar mensagens com a etiqueta Efeméride. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Efeméride. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Efemérides - há 112 anos

Seguindo ainda a "Caderneta de Lembranças" de Francisco Justiniano de Castro, de que já aqui temos falado, encontramos para o dia 1 de Fevereiro de 1898 (há 112 anos, portanto), a seguinte anotação:
"Fevereiro, 1 [1898] - vierão[sic] de Freixo [de Espada à Cinta] o administrador e o Eduardo Taborda a buscar outra vez para Freixo, a papelada toda que de lá tinha vindo" [de Freixo para Moncorvo].

Esta papelada a que se referere esta nota eram os livros de registos e restante documentação das repartições públicas do concelho de Freixo, carregada à pressa nos alforjes de mulas e jumentos, no dia 27 de Junho de 1896, no seguimento de uma decisão do governo de então (do partido Regenerador), de extinguir o concelho de Freixo, anexando-o a Moncorvo. - Ver sobre este assunto, o nosso post de 26.06.2009: http://torredemoncorvoinblog.blogspot.com/2009/06/foi-ha-113-anos-anexacao-do-concelho-de.html
Conclui-se assim que essa "anexação" foi sol de pouca dura (não chegou a dois anos), perante a revolta da população de Freixo que lá chegou a encenar o enterro do dito concelho, com uma urna coberta com a bandeira do município, e panos pretos no edifício da câmara e no pelourinho, terminando com gritos de "Morram os traidores!", visando sobretudo os políticos de Moncorvo com influência bastante para manobrarem junto do Poder em Lisboa e no governo civil de Bragança, nomeadamente os deputados Lopes Navarro (curiosamente este era de Lagoaça) e Dr. Ferreira Margarido.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Gungunhana

Folheando a sempre interessante "Caderneta de lembranças" de Francisco Justiniano de Castro, a que já aqui várias vezes aludimos, à cata de efemérides, para o dia 5 de Janeiro encontrámos esta, com as habituais calinadas ortográficas do autor:
"Janeiro, 5 [de 1896]- chegou a nutiçia de ser preso o Rei Preto, na guerra de Àfrica pellas nossas tropas e que o trazem para Lisboa a apresentalo ao nosso Rei" [D. Carlos]

Este apontamento refere-se à notícia da captura do famoso régulo Gungunhana (imperador dos Vátuas de Moçambique), cujas calças estiveram muito tempo no quartel do batalhão de Caçadores 3 de Bragança, sedeado no castelo de Bragança, onde hoje está um Museu Militar em que se mostra uma réplica da dita peça de roupa atribuída ao grande soba africano. Com efeito, militares deste batalhão participaram nas campanhas dos Vátuas, sob comando de Mouzinho de Albuquerque, razão pela qual terão ficado com o "troféu". É possível que algum moncorvense por lá tivesse também andado.
A título de curiosidade, refira-se que Gungunhana foi capturado em 28 de Dezembro de 1895, sendo transportado para Lourenço Marques (actual Maputo), onde foi desembarcado juntamente com outros prisioneiros e acompanhantes, no dia 4 de Janeiro de 1896. Só no dia 13 desse mês foi expedida a ordem de embarque, pelo ministro da Marinha e do Ultramar, chegando a Lisboa no dia 13 de Março. Gungunhana esteve temporariamente preso no forte de Monsanto, sendo em Junho deportado para os Açores, onde viria a falecer em 23 de Dezembro de 1906. Em 1985, as suas ossadas foram transladadas para Moçambique.
Para saber mais, ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ngungunhane

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Tomé Rodrigues Sobral (1759-1829)



Completam-se hoje 250 anos do nascimento do ilustre químico Tomé Rodrigues Sobral, nascido em Felgueiras, sendo uma das personalidades moncorvenses com maior projecção científica nacional, a par de Júlio Máximo de Oliveira Pimentel, seu predecessor na Universidade de Coimbra.


"Químico, mais conhecido como o “mestre da pólvora” e também como o “Chaptal português”, natural de Felgueiras, Moncorvo, nasceu a 21 de Dezembro de 1759, filho de João Rodrigues e Isabel Pires. Matriculou-se na Universidade de Coimbra, em Matemática e Filosofia, a 29 de Outubro de 1779. Foi ordenado presbítero na Arquidiocese de Braga em 1782, e concluiu o curso na Faculdade de Matemática e Filosofia em 26 de Junho de 1783. Foi demonstrador de História Natural a partir de Julho de 1986, substituto extraordinário para as cadeiras de Física em Outubro de 1786 e em Julho de 1788, História Natural em Julho de 1787 e Química em Julho de 1789. Sucedeu a Vandelli na direcção do Laboratório Químico em Janeiro de 1791, e foi nomeado Lente de Prima, proprietário da cadeira de Química e Metalurgia , ficando encarregado de elaborar o compêndio da cadeira, previsto nos Estatutos da Reforma da Universidade de Coimbra, de 1772, e que Vandelli nunca tinha elaborado.
Foi sócio da
Academia das Ciências de Lisboa, Cavaleiro professo da Ordem de Cristo e deputado às Cortes Constituintes de 1821. Em 24 de Maio de 1828 foi nomeado vice-reitor da Universidade de Coimbra, não tendo chegado a aceitar o cargo por doença, morrendo um ano depois, em Setembro de 1829. (...)"

Mais informações em:
http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/p17.html (fonte do texto em aspas e da imagem)
http://www.museudaciencia.pt/index.php?iAction=Coleccoes&iArea=3&iId=50
http://invasoesfrancesas.blogspot.com/2007/02/tom-rodrigues-sobral-1759-1829.html
http://dererummundi.blogspot.com/2008/07/o-batalho-acadmico-de-1808.html

Add to Google Reader or Homepage Subscribe in NewsGator Online Add to My AOL Add to netvibes Subscribe in Bloglines Add to Excite MIX Add to netomat Hub Add to Pageflakes

eXTReMe Tracker