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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Abel Gomes

No seguimento do "post" anterior, com excertos da "Caderneta de Lembranças", em que se mencionava o nome de Abel Gomes, o nosso Amigo e colaborador Vasdoal, enviou-me estas fotos que tirou no murete do alpendre da capela de N. Senhora dos Prazeres, ou da Teixeira (junto a Sequeiros, Açoreira), já que a dita capela foi comprada por aquele africanista, nos inícios do séc. XX. Um seu descendente (talvez o filho), gravou na pedra a inscrição: AGJ, que quer dizer "Abel Gomes Júnior":
De mais difícil interpretação é a outra inscrição: "CP" (serão as iniciais da esposa?):

Mas quem foi Abel Adriano de Almeida Gomes? - a esta pergunta responde-nos o seu amigo de infância Abade J. A. Tavares (1868-1935), numa monografia que escreveu sobre o ermitério de N. Senhora da Teixeira, oferecida precisamente a Abel Gomes. Aí se diz que foi "um espírito liberal e culto", tendo sido "o primeiro da vila de Moncorvo que estreou o registo civil no baptismo de seu filho [este registo foi instituído aquando da instauração da República]". E acrescenta: "este último facto foi simplesmente um capricho que muito arreliou o digníssimo e austero Abade de Moncorvo, Pe. Francisco Tavares".
Conferindo com o que se disse na Caderneta de Lembranças, Abel Gomes residiu na África Oriental, na Companhia de Pesca de Pérolas do Bazaruto, devendo ter amealhado aí algum pecúlio que lhe permitiria comprar a capela da Teixeira e o terreno em redor, e, nessa ocasião, parece ter constado que a iria demolir. Esta suposição popular talvez se relacionasse com o suposto "jacobinismo" do comprador, comprovado com a pirraça da estreia do republicano Registo Civil. Defende-o, porém o Abade Tavares: "Nada mais injusto!" - concluindo que o seu amigo, agora mais maduro e reflectido na sua orientação - " hoje, sem abdicar totalmente dos seus princípios, é um espírito reflectido e conservador e além disso, um devotado amante das nossas velhas e preciosas antiguidades". Como que a testemunhá-lo diz J. A. Tavares que, em recente visita ao seu amigo (a monografia deve ter sido escrita nos anos 20 do séc. XX), reparou que tinha um quadro religioso de muito valor pendurado à cabeceira e, nesse mesmo ano [que ano seria?], mandara "celebrar missa na sua capela, no dia de Nossa Senhora dos Prazeres" sendo ele próprio, Abade Tavares, o celebrante.
Refere algumas obras de conservação que Abel Gomes fez então na capela, talvez nos anos 20, nomeadamente no adro. Todavia, deve ter sido nesta altura que se demoliu a cela do ermitão, que ficava pegada à capela.
Da nossa parte, aproveitamos para, uma vez mais, lançar o alerta para a necessidade imperiosa de se recuperarem as valiosas pinturas murais deste pequeno santuário. Sabemos que da parte do actual proprietário, Dr. César Abel Gomes (residente no Porto), há toda a abertura, mas, dada a complexidade e elevado custo do restauro, terá de haver, necessariamente, apoio do Estado e/ou de fundos comunitários, até porque o imóvel está declarado "de interesse público", desde 1977.
Bibliografia:
Tavares, J. A., Monografia de N. S. da Teixeira (com introdução e notas do Pe. Rebelo), ed. da Associação de Santo Cristo, 1985.
Cavalheiro, Eugénio, Os frescos da Srª. da Teixeira. Ed. João Azevedo, Mirandela, 2000.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Novos professores, em ronda por detrás da Serra

Na passada semana, tendo em vista dar a conhecer a realidade paisagística, social, económica e patrimonial do concelho de Torre de Moncorvo, a direcção do Agrupamento Vertical de Escolas de Torre de Moncorvo promoveu uma visita guiada aos novos professores que aqui foram colocados.

O itinerário escolhido passou pelo ermitério de N. Senhora da Teixeira (Sequeiros), com passagem por Açoreira, Maçores, Felgueiras, culminando no Felgar, já do lado Norte da Serra, onde foi servida uma merenda tradicional no adro do santuário da Senhora do Amparo.
Aqui ficam algumas imagens desse trajecto:

Aspecto do altar-mor da capela do ermitério de Senhora da Teixeira, em mau estado de conservação e a reclamar obras de restauro urgentes.

Velha porta carcomida com cravelha, talvez um dos motivos mais fotografados na aldeia da Açoreira.

Visita à Açoreira, no largo defronte da capela da Stª. Bárbara


Visita a Felgueiras, próximo do lagar comunitário da cera, onde velhas casas ainda resistem ao avanço do cimento e do betão...


O velho cereeiro de Felgueiras, Sr. Acácio "Fachico" explica o processo de fabrico de velas, na sua oficina ancestral...


Ainda em Felgueiras - uma adega abandonada, com lagar e os pipos ainda no lugar (vazios, claro!... que pena...)
Fotos de N.Campos

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Capela da Senhora da Teixeira (Frescos)

Aqui fica um olhar fotográfico que nos foi enviado por Leonel Brito (autor das fotografias e da apresentação) sobre as pinturas a fresco do ermitério de N. Sª. da Teixeira, próximo de Sequeiros (freguesia de Açoreira).

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Amêndoa - Partidela tradicional e solitária

Sequeiros, Torre de Moncorvo, Outubro de 2007.

domingo, 1 de junho de 2008

Flora de Brincadeiras

Os botões da tasneirinha ( Senecio vulgaris L.), com as suas cores verde e amarela, prestavam-se para fazer espargos com ovos. ( Torre de Moncorvo).

Esta pequena flor de Jasione Montana representava um queijinho nas brincadeiras e passatempos infantis, sobre culinária ( Torre de Moncorvo / Freixo de Espada à Cinta).

Fotografia registada em Sequeiros - Torre de Moncorvo.


A canafrecha (Tapsia Villosa) era utilizada na construção de brinquedos, tal como o arado que a foto anterior representa ( contruído por António Dias, octogenário).

Fotografias registadas em Sequeiros - Torre de Moncorvo, em 14 de Janeiro de 2006.

terça-feira, 27 de maio de 2008

O antigo combustível


Mesmo fardado, há que enfardar, porque o tractor fica cada vez mais caro...
Fotografado em Sequeiros- Torre de Moncorvo

Flora " maldita"

Xanthium spinosum
Planta espinhosa, comum em locais húmidos e quentes. As suas sementes são uma praga que se prende ao pêlo dos animais.
Fotografada junto à Fonte de Canelas - Açoreira - Torre de Moncorvo.


Cebola albarrã; cebola almarrã; cebola chilra (Uirginia maritima).
Planta muito comum nas ladeiras, entre fragas, mas em terra fértil. Outrora fora colhida para ajudar à economia familiar, à semelhança do sumagre e do cornelho ( fungo do centeio mais evidente nas colheitas de centeio na Serra do Reboredo). Esta cebola era aberta e posta a secar, durante muito tempo. Posteriormente era vendida. Essa procura dever-se-ia com certeza a propriedades medicinais. O seu líquido, apesar de "corrosivo", era utilizado no tratamento dos ferimentos sofridos pelos burros ou machos nas lavras.

Segundo um testemunho, esta cebola fora utilizada para curar uma picada que um "alacrário" fizera a uma besta, em Freixo de Espada à Cinta.

(Fotografadas em Sequeiros - Torre de Moncorvo).

Maleiteira (Euphorbia characis)

Esta planta apresenta um líquido leitoso que, de certa forma, afasta de si pessoas e animais. Aconselha-se a lavar bem as mãos , caso se mexa na planta.
Fotografada em Sequeiros - Açoreira - Torre de Moncorvo.

Cardo amarelo ( nome científico? e popular?). Os seus picos poderão ser agressivos, mas não lhe conheço outra" maldição". Poderá fazer companhia à popoila amarela.
(Fotografado em Sequeiros- Torre de Moncorvo)

Unha Gata ( Ononis spinosa)

Planta rasteira e espinhosa temida pelos trabalhadores do campo. Chegam a dizer que os seus espinhos são tão terríveis que crescem dentro da carne ( local da informação: Sequeiros - Torre de Moncorvo, onde foi registada esta fotografia).

Trovisco ( Daphne gnidium)

Planta arbustiva utilizada em métodos de pesca furtiva, através da utilização de um engodo preparado com as suas raizes .
(Fotografia tirada em Sequeiros- Torre de Moncorvo)

sábado, 24 de maio de 2008

Aqui vem a janta

Primeiro, uma sopinha de legumes, feita à lareira (fogueira com toros de amendoeira e cascas de amêndoa tradicional), em pote de ferro.


Depois, umas moelinhas, também feitinhas à lareira, embaladas no pote de ferro.




Finalmente, este "brasume" lembrando que " Em Maio, comem-se as moelas ao borralho".

Bom apetite!

Sequeiros, Torre de Moncorvo

Não sei quando

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Zoom à Teixeira





Frescos no exterior.
Capela da Nª Sª da Teixeira , Sequeiros
Torre de Moncorvo, Março de 2005.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Com as Mãos ...

As mãos na "partidela" da amêndoa.
Sequeiros, Torre de Moncorvo.


Enxerto de amendoeira, através do processo de "anel". Assim se vão ainda mantendo algumas espécies tradicionais.
Sequeiros, Torre de Moncorvo.

Preparação do queijo de ovelha. Apesar da folha de flandres e do plástico terem subtituído a madeira, na bacia, nos aros e na francela, o gesto continua ancestral, de preferência vindo de umas mãos frias.
Sequeiros, Torre de Moncorvo.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A Quetobia Patorra

A quetobia patorra
A quetobia patorra,
'stá debaixo do torrão;
e a quetobia patorra, Ai!
A quetobia patorra,
'stá debaixo do torrão;
Mas Ai! Ai! Ai!
Moidinha com pancadas,
Moidinha com pancadas,
Que lhe deu o gafanhão;
Moidinha com pancadas,Ai!
Moidinha com pancadas,
Que lhe deu o gafanhão.
Mas Ai! Ai! Ai!

Lá em baixo vem a raposa,
Lá em baixo vem a raposa,
Pela rodeira do carro;
Lá em baixo vem a raposa, Ai!
Lá em baixo vem a raposa,
Pela rodeira do carro;
Mas Ai! Ai! Ai!
Traz os olhos na carcota,
Traz os olhos na carcota,
E o cu debaixo do rabo;
Traz os olhos na carcota, Ai!
Traz os olhos na carcota,
E o cu debaixo do rabo;
Mas Ai! Ai! Ai!

O lagarto é pintado,
O lagarto é pintado,
Da cabeça até ao meio;
O lagarto é pintado, Ai!
O lagarto é pintado,
Da cabeça até ao meio;
Mas Ai! Ai! Ai!
Não sei com'as mulheres pode
Não sei com'as mulheres pode
Com tanta carne no seio;
Não sei com'as mulheres pode, Ai!
Não sei com'as mulheres pode,
Com tanta carne no seio;
Mas Ai! Ai! Ai!

Música tradicional de Torre de Moncorvo, in " Algumas Cantigas do Património Cultural Transmontano" ( Colectânea e Recolha de M. Brandão) - Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro - Lisboa ( Grupo de Cantares), Lisboa, Outubro de 1987.

Cotovia : Fotografia de João P.V. Costa
Sequeiros, Moncorvo, 23-3-2008.

domingo, 11 de maio de 2008

aromas e sabores


Uma saladinha de azedas e de "merujas" a preparar o " lastro" para a perdiz no tacho

Algures em Moncorvo ( UH!!! Desculpem, mas não divulgo o local ...)


Prontinhas a comer, depois de apanhadas, cortadas em finas rodelas e salteadas em azeite, alho e miolo de pão, apresento as "batatinhas", espécie de trufas brancas, encontradas e comidas em 27/ 2/2006, no lugar de Sequeiros, Torre de Moncorvo. Nem todos os anos produzem este petisco.Em Bragança, chamam-lhe "abezós".

Espargo ( aspargus acutifolius)
Açoreira
Nêveda (calamintha baetica)
Açoreira. Torre de Moncorvo
Vaquinhas do castanheiro ( Fistulina hepatica)
Serra do Roboredo.






natura

"Noz tal" - Patinagem no Inverno de Trás-os-Montes.
Moncorvo, 24 de Dezembro de 2005.




Sequeiros, Moncorvo



O trovisco danado

numa serra de nada.



Toda esta paisagem fora outrora um palco de cereal.

terça-feira, 6 de maio de 2008

seiva da terra

revolve-se a fraga
ninho de flor e amêndoa

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