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domingo, 11 de maio de 2008

De todas as mil formas


Perdido no verde dos freixos e salgueiros,
Embalado no canto do papa-figos e do rouxinol
Comi amoras, molhei os pés,
Ouvi a música do rio e ribeiros.
Colhi um ramo de buxo.
Com alecrim o perfumei.
Juntei-lhe pérolas de cor,
Jóias de cheiros,
De todas as mil formas que encontrei.
E quando em minha mão já não cabia,
Coloquei-o de mansinho na corrente.
Fiquei a olhá-lo, enquanto se perdia.
Foi-se, fiquei contente.
Como posso eu querer guardar
Toda a beleza que a Primavera tem para dar?

Rio Sabor, Maio de 2008.

1 comentário:

Anónimo disse...

Até quando esta beleza sem par?
Até quando estas papoilas parece que retiradas de um quadro de Monet (papouilles à Argenteuil)?
Até quando o buxo, o alecrim, os freixos e os salgueiros?
- Aproveitem que a vida deste rio é breve, em breve afogado pela cupidez e pela estupidez...
São fundamentais estes registos, cada vez mais e mais e mais... porque vão ser o que vai ficar, como libelos acusatórios dos vindouros para com a nossa geração que permitiu o crime!...
Caso para dizer, o grito vermelho destas papoilas são um protesto veemente num campo qualquer... Porque as papoilas não sabem nadar...

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